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A vingança de Cavaco Silva

2 Jul
Cavaco Silva aparece, apesar da grave crise política, com ar bastante mais solto. Não será de estranhar. Vê, finalmente, concretizado o seu objectivo : ter um governo de iniciativa presidencial, quando sente que está a chegar ao fim o período de ajustamento. Por isso, validará uma solução de governo minoritário do seu partido . Cavaco Silva não gostava de Portas e sabe que o CDS não votará, atenta a situação do país e uma eventual perda eleitoral, contra qualquer moção de confiança, nem favoravelmente uma moção de censura, nos próximos tempos.
E sabe que os partidos da oposição já apresentaram nesta sessão legislativa moções de censura. Por isso, o ar provocador como Cavaco Silva desafia os partidos da oposição, aqui. 
O Presidente da República aconselhou os partidos que querem eleições antecipadas e um novo Governo a apresentar uma moção de censura no Parlamento. Depois de o PS e da restante esquerda terem defendido a queda do executivo, Cavaco Silva lembrou que desde os anos 80 que o Governo não responde perante o Presidente da República.

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O problema é a aterosclerose …

14 Nov

” (…)Na verdade, assim de repente, ocorrem-me cinco militantes socialistas que dariam excelentes (e ousados) candidatos à Câmara de Coimbra. Mas, com a mesma rapidez, percebo que nenhum deles o será.

A situação é anémica e, enquanto não for estancada a hemorragia, o problema não se resolverá com sangue novo.”

Paulo Valério no diário As Beiras

Imagem do dia

7 Nov

The 10 registered voters in the small village of Dixville Notch, New Hampshire wait to cast the first election day ballots of the U.S. presidential election moments after midnight November 6, 2012. REUTERS/Herb Swanson (UNITED STATES – Tags: POLITICS USA PRESIDENTIAL ELECTION ELECTIONS)

Solidário com Mário Paiva

9 Out

Se dúvidas houvesse sobre o estado a que chegaram muitas juventudes partidárias por esse país fora, a reunião da Comissão Politica da Juventude Socialista de Coimbra de ontem à noite revelou a essência do pensamento político que por ali predomina. Para a maioria significativa dos jovens socialistas que participaram naquela reunião esse pensamento orienta-se pela subserviência das opções individuais aos compromissos de interesse.
Quando vivi a realidade das juventudes partidárias sempre vi respeitado o direito ao pensamento político e às opções que cada um tomava perante as escolhas que tinha de fazer. Nunca qualquer posição mereceu represálias que colocassem em causa o normal funcionamento dos órgãos internos, nem o ” vandalismo ” político que se tem assistido na Juventude Socialista de Coimbra.
Estes jovens desconhecem o que significa democracia e não estão preparados para exercer quaisquer funções que lhes exijam o respeito pela diferença de opinião.
Mario Paiva foi eleito Presidente da Juventude Socialista do Distrito de Coimbra em finais de Março passado, sem qualquer oposição. Mereceu dos seus pares a confiança para conduzir os destinos da Juventude Socialista. Coimbra e Mira, as duas maiores concelhias da Juventude Socialista, não tiveram condições de apresentar qualquer alternativa ou reconheceram em Mário Paiva a liderança que o Distrito necessitava.
Uns dias após o Congresso, Mário Paiva assume a título pessoal uma posição de apoio à minha candidatura à Federacao do PS, convicto de que esse era um direito que lhe estava reservado apesar da sua condição de lider da Juventude Socialista. Direito alias, que cada um dos restantes militantes também exerceu para apoiar outra candidatura ou até a mesma.
Mario Paiva fez a sua opção pessoal. Pois, as concelhias de Coimbra e Mira da Juventude Socialista não aceitaram que o Lider da JS apoiasse uma candidatura que tinha dado o maior apoio às iniciativas da Juventude Socialista e proporcionado à Juventude Socialista a melhor posição de sempre na lista de deputados. E retaliaram, recusando- se a eleger o secretariado da Federação da Juventude Socialista , usando a mesma estratégia que tinha sido usada por alguns militantes do partido, sintonizados com os jovens opositores a Mario Paiva, para evitar que um Presidente da Federação elegesse durante 6 meses o seu secretariado.
Só há uma palavra para qualificar esse comportamento e o que ocorreu ontem : uma vergonha!
Mario Paiva apesar de sozinho revelou um caracter que muitos dos seus opositores alguma vez entenderão , por muitas tertúlias e apelos a memória de republicanos o façam : a de que vale mais estar só mas bem com as suas convicções e com os valores republicanos que defende do que estar acompanhado mas manietado nas suas convicções, prisioneiros de um pensamento único.
Que pobreza…

Uma certa visão da sociedade

19 Set

Estamos conversados

18 Set

PS só volta ao Governo através de eleições, garantiu António José Seguro na sua entrevista ao Programa ” De Caras” da RTP 1 .

E de caras demonstrou estar melhor preparado que o actual primeiro-ministro e que se preparou melhor para a sua entrevista do que Passos Coelho. Revelou dois factos que registei com agrado e que correspondem ao que dele esperava : o primeiro que seja qual for o orçamento, o PS votará contra assumindo  a oposição a esta politica orçamental e o segundo que não será governo sem eleições.

Ao assumir essas posições clarifica-se o PS perante os portugueses e exige à coligação, que suporta com maioria absoluta este governo, a responsabilidade de não criar uma crise política que coloque em causa todo o esforço que os portugueses fizeram até agora.

Seguro apontou um caminho alternativo mas também  disse que seria necessário que o governo tivesse capacidade e vontade para o seguir, dado o falhanço das opções tomadas no último ano. E garantiu que continuará a apresentar propostas alternativas que promovam o crescimento da nossa economia e do emprego. Pelo menos, perante o país o PS  foi claro. Tem a palavra a coligação…e Belém.

Estamos no intervalo

9 Fev

E a nossa segunda parte está prestes a começar

A (IR)RESPONSABILIDADE DE PASSOS COELHO

18 Fev

A entrevista de Passos Coelho à RTP 1  atesta bem a sua absoluta irresponsabilidade e impreparação para poder alguma vez assumir a governação do País.

Num momento em que o governo resiste a uma intervenção externa em Portugal, aplicando as medidas necessárias para fazer face à crise financeira que se sente na Europa, que vem dizer Passos Coelho ? Que não vota a moção de censura do Bloco de Esquerda mas quer que Socrates resolva a crise depressa porque ele não pode esperar. E que não vai «marcar uma data para dizer que apresento uma moção de censura ou que atiro o Governo abaixo ou que vou abrir uma crise política».

Como a crise só se resolve, se existir sentido de responsabilidade dos partidos da oposição em dar sinais ao exterior de estabilidade política, responsabilidade essa que lhes seria exigível depois de todos eles terem recusado qualquer pacto de governação com o PS, fácil é perceber que Passos Coelho precisa é de rapidamente resolver a sua crise de liderança no partido e não a crise económica que o País atravessa.

Nenhuma crise dos mercados financeiros se resolve se eles forem permanentemente alimentados com a instabilidade política . E o que temos assistido é a uma competição entre os partidos de oposição pelo prémio ” Deixa ver se a minha moção de censura é melhor que a tua”, que naturalmente faz as delícias dos especuladores.

É por isso que a entrevista de Passos Coelho é uma irresponsabilidade. Porque ocupa a última posição na intenção de apresentar uma moção de confiança, depois do PCP e CDS/PP já terem assumido a intenção de o fazerem; porque não se percebe qual a diferença de um partido com vocação de poder e partidos de oposição; Porque ninguém entenderá que o líder do maior partido da oposição passe o tempo a ameaçar derrubar o governo e quando tem a possibilidade de o  fazer não o faz; Porque nenhum português,que está a fazer sacrificios, pode aceitar que Passos Coelho insinue regularmente a queda do governo como condição para  se resolver o problema económico do País mas por mero tacticismo não apresenta a solução.

Passos Coelho na entrevista dada à RTP não estava a falar para o País. Estava a resolver os problemas internos do seu partido. A tentar manter uma expectativa de poder aos seus companheiros de partido que lhe permita ganhar tempo até ao momento em que Cavaco Silva possa convocar eleições. Para além dos problemas do País e dos portugueses.

ELEIÇÕES PARA AS DISTRITAIS DO PS

18 Maio

«Na reunião do Secretariado Nacional ficou também decidido marcar as eleições para a escolha dos delegados e dos novos presidentes das federações do PS para os dias 8 e 9 de Outubro.
De acordo com o calendário aprovado, o prazo-limite para a formalização de candidaturas aos cargos de presidentes de federações decorrerá até 24 de Setembro.
Já os congressos federativos socialistas terão lugar nos dias 23 e 24 de Outubro, ou seja, 15 dias depois da realização das eleições de delegados e da escolha do presidente da federação.
De salientar que o secretário nacional adjunto para a Organização, André Figueiredo, ouviu os presidentes das federações sobre esta matéria, tendo recolhido a opinião generalizada de que, segundo “o escrupuloso” cumprimento dos estatutos, o mandato deveria ter um período de dois anos, à excepção do líder da Federação do Porto, camarada Renato Sampaio, que defendeu a antecipação das eleições, acabando no entanto por reconsiderar a sua posição e manifestar o seu acordo com o “timing” previsto.
Face a esta unanimidade no sentido de todas as estruturas descentralizadas do partido ficarem eleitas ainda este ano, cumprindo os estatutos, o Secretariado Nacional decidiu agendar as eleições para Outubro.
“Com o calendário agora acordado, ficam todas as estruturas descentralizadas do PS empossadas em 2010, permitindo assim que estejam mobilizadas e preparadas para responder da melhor maneira aos actos eleitorais que se avizinham”, afirmou o dirigente socialista André Figueiredo.» em Acção Socialista

A OPÇÃO CERTA NO FUTURO

14 Maio

 

“A verdadeira medida de um homem não se vê na forma como se comporta em momentos de conforto e conveniência, mas em como se mantém em tempos de controvérsia e desafio.” Martin Luther King

Aproxima-se mais um acto eleitoral na concelhia de Coimbra do Partido Socialista, e com ele, a necessidade dos militantes optarem por uma das três candidaturas que se apresentaram. Cada um dos candidatos me merece o maior respeito e consideração, para além da natural amizade que me une a eles. Cada um, à sua maneira, tentará rapidamente reorganizar uma estrutura completamente à deriva, a que apenas a falta de bom senso,  ou por condicionalismos diversos, terá impedido  o seu actual presidente de desligar a “máquina” que , artificialmente, garantia a sua existência.

A última liderança concelhia, e tudo o que dela resultou, por tão má que foi retira-nos a  vontade para voltar a falar dela. Apaguemos todo esse período. Essa liderança sobreviveu porque faltou uma oposição consistente e coerente, respeitadora das expectativas nela depositadas pelos muitos militantes que a apoiaram. Confundir cooperação política com desvio dos objectivos traçados e unidade com incoerência foi, do meu ponto de vista, um erro estratégico, mesmo que a sua reparação seja possível no futuro.

O PS Coimbra vive, pois, um momento decisivo na recuperação da sua imagem externa e na credibilização de um trabalho político orientado para os cidadãos e mobilizador dos seus militantes. Não há mais tempo a perder nesse desígnio, nem existem condições para insistir no erro.

Esse é o desafio que se coloca aos candidatos e também aos militantes nas suas escolhas. O futuro do PS Coimbra não pode ser hipotecado por um exercício do poder assente em projectos pessoais mas orientado para uma mobilização do interesse colectivo; Não podemos continuar a pactuar com a mentira e jogos de poder que apenas conduzem ao desencanto colectivo mas tem de ser possível encontrar uma liderança que mantenha o rumo e a coerência das suas posições, verdadeiro para com os militantes na determinação das suas posições e na execução do projecto que assuma; Temos de ser capazes de expurgar da condução dos destinos do partido todos aqueles que não revelam qualquer noção da ética republicana, concebendo o partido apenas como “ um agrupamento de cidadãos para a defesa abstracta de princípios e elevação concreta de alguns”, só para citar Carlos Drummond de Andrade.

O calculismo, a hipocrisia, a ambição desmedida e a lógica dos interesses são sintomas de uma grave doença que alguns transportaram para o interior do sistema partidário e que tem destruído as convicções dos que nele militam por princípios e valores.

Acredito que os militantes da concelhia de Coimbra saberão fazer as opções adequadas que permitam o afastamento do poder daqueles que são responsáveis pelo estado actual do PS em Coimbra, porque temos consciência, de que nada vale o lamento diário ou vergonha contida, se continuarmos a premiar eleitoralmente os prevaricadores.

Termino citando Jean de La Bruyère, “Pensar só em si e no presente é uma fonte de erro em política. “A minha consciência e os valores que me orientam no dia-a-dia nunca me permitiriam a apostasia.

Texto publicado no Jornal Coimbra com Futuro.

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