Karl Marx era burguês ?

‘(…)In 1842, for example, when he was appealing to a liberal audience, he attacked communism and advocated force of arms to halt it. In 1848, just six months after co-authoring The Communist Manifesto, he dismissed the notion of the dictatorship of the proletariat as nonsense in a speech at Cologne.

1848 was the year of revolution in Europe, and Marx was torn between two imperatives – realising communism and ridding Germany of autocracy. In his Cologne speech he reached out once again to liberals, reassuring them that revolution could occur without violent class warfare(…)’

António Guterres

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António Guterres em entrevista à RTP Informação de aproximadamente 19 minutos atravessa vários temas da actualidade. Desde as funções no Alto Comissariado para as Nações Unidas para os Refugiados, atravessando o problema do apoio aos refugiados, até aos problemas por que passa a Europa, sem esquecer a sustentabilidade social dos países europeus, as dificuldades da afirmação de uma Europa como um todo e as politicas sociais comuns e nacionais. Sobre tudo isso o ex-primeiro ministro expôs o seu pensamento político, levantando aqui e ali alguns dos problemas com que nos enfrentamos e lançando bases de reflexão sobre os caminhos a seguir.

Desses temas, que ocuparam 16 minutos dessa entrevista, não saltou nenhum destaque informativo. Mas dos 3 minutos que se seguiram, foi possível dar relevo a dois assuntos : aquele em que assume a responsabilidade pela situação em que o país se encontra e numa resposta a uma questão sobre os submarinos.

Em ambas ele revela toda a sua seriedade política e assume os erros e as suas razões. Mas a esta hora deve estar a pensar que a política em Portugal continua prisioneira de pequenos casos e do debate sobre o passado. Para não ter de pensar que a reflexão sobre as questões relevantes da política nacional, europeia e internacional se “apagam” afinal na mediatização dos 2 minutos da entrevista.